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quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Esta é a realidade...

Os boys e os tachos do PS
Estamos a falar de pessoas com duas características: (1) ocupam "um cargo relevante no Estado (ou em empresas de que o Estado é accionista)", apesar de (2) "não terem um currículo na área". Ou seja, uma "lista de ex-governantes, ex-assessores, militantes socialistas ou pessoas com qualquer ligação a membros do governo que estão em lugares de destaque por decisão do mesmo governo".

O meu caso preferido é o de Filipe Baptista, que, depois de ser assessor e secretário de Estado de Sócrates, passou a ganhar 198 mil euros na ANACOM. Ou seja, José Sócrates colocou um dos seus homens-de-mão numa entidade reguladora, para a qual ele não tinha CV. Este é o melhor retrato do socratismo: a ausência de rigor institucional (colocar um boy numa entidade reguladora é o mesmo que não ter respeito pela regulação e pela separação de poderes), e o favorecimento daqueles que defendem o PS - contra os inimigos do Estado Social, com certeza.

Outro caso, que não é tão chocante, mas que acaba por revelar o problema de fundo. Alexandre Rosa foi colocado no Instituto do Emprego e Formação Profissional, área em que não tinha qualquer experiência. As reacções deste senhor são bem interessantes. Diz ele: "Estes lugares são de nomeação política, é normal que se escolham pessoas em quem se tem confiança política! Eu executo políticas do governo". Ora, o problema está precisamente aqui. O problema está no facto de os altos postos da função pública estarem abertos ao saque do partido do poder (PS ou PSD). Estes lugares de topo devem ser ocupados por funcionários públicos (depois de um concurso livre e transparente) e não por boys.

Eis, a história da Era Sócrates: a sociedade está um caco, a economia do comum dos mortais está uma miséria, mas a economia dos boys do PS está bem e recomenda-se. Este Estado, que nos consome os impostos, é a galinha de ovos de ouro dos socialistas, sobretudo daqueles que têm a sorte de ter o número de telemóvel do primeiro-ministro.
(Excertos de um artigo de Henrique Raposo)
Ler na íntegra aqui... Expresso On-line

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